30 de dez. de 2011

Ano Novo

Postado por Fernando Assis às 00:06 5 comentários
Espero e desejo que nesse novo ano, as pessoas comecem a assumir a sua própria personalidade, ou seja assumir seus desejos, gostos, medos, alegrias, tristezas, artistas que gostam, artistas que não gostam, filmes preferidos, etc...hoje em dia é difícil encontrar alguém que realmente banca a própria mente, a própria personalidade e até mesmo o próprio corpo...é fácil correr para o que está na moda, para ser aceito em um determinado grupo, mas será que é isso mesmo que você quer?Por que não fazer o que sonha, o que realmente te dá vontade?
A mensagem de ano novo do Luz de Abajur é: Não tenha vergonha de ser quem você é, respeite sua subjetividade...seja autêntico :)

20 de dez. de 2011

TCC Sailor Moon e a Filosofia

Postado por Fernando Assis às 20:53 1 comentários
A espera acabou,finalmente: Sailor Moon e a Filosofia ;)
Sailor Moon e a Filosofia escrito por Fernando Coura Assis
Graduado em Filosofia pela Universidade de Sorocaba
Trabalho composto pelo trabalho escrito e por 3 vídeos que logo estarão disponíveis :)


Sailor Moon e a Filosofia
Trabalho apresentado para a disciplina Prática de Pesquisa III da Universidade de Sorocaba.
Orientador: Prof. Dr. Edson de Oliveira

AGRADECIMENTOS

Ao iniciar esse trabalho, muitos poderiam duvidar do seu conteúdo, pois se trata de um anime, e não de um assunto que a maioria das pessoas reproduzem somente por reproduzir, um assunto somente pra colocar no trabalho e ser aprovado. Esse é diferente, pois é feito com amor, paixão, cumplicidade com esse anime que eu gosto desde pequeno, quando ainda passava na Rede Manchete.
Começarei agradecendo ao professor Edson de Oliveira, um professor revolucionário, que fez eu me interessar pela Filosofia quando eu fazia minha primeira graduação – Pedagogia, pra mim ele é um exemplo, penso que quando estiver bem idoso, ainda lembrarei das maravilhosas aulas dele, muito obrigado pelo apoio.
Agradeço também aos meus melhores amigos que me deram e me dão forças nessa jornada da vida, obrigado pelo apoio e pelos momentos que passamos juntos!
Ângela Ribeiro de Souza, além de melhor amiga é uma grande mulher, tivemos e teremos muitos momentos divertidos por essa vida, apoiou e acreditou nesse trabalho desde o início, além de acreditar em mim.
Agradeço também a Naoko Takeuchi pelo trabalho maravilhoso – Sailor Moon, muito obrigado por criar essa história! Também quero agradecer aos fãs que apoiaram esse projeto pela internet e finalmente...agradeço o universo, pelas oportunidades...eu acredito na Filosofia, e é com esse acreditar que apresento Sailor Moon e a Filosofia para vocês! Junto com esse trabalho também tem o CD com 3 vídeos filosóficos do anime Sailor Moon que eu editei para vocês...MAKE UP!


Sailor Moon e a Filosofia

Introdução
Escolhi esse tema com a vontade de me aprofundar no universo desse anime que felizmente eu tenho a honra de assistir desde pequeno. Sim, desde pequeno sentindo algo muito forte pelas Guerreiras da Lua, algo tão forte, que irei tentar demonstrar neste trabalho.
A importância desse anime e outros em minha vida foi tão significativo que podemos refletir sobre a questão de não assistir algo por assistir, ou não ler algo somente por ler, é a vontade de entrar no universo que o autor(a) nos proporciona, é aceitar a passagem para uma viagem que poderá mudar nossa vida.
É claro que é essencial que as pessoas saiam do senso comum e busquem enxergar o que realmente são, para isso devem desaprender para aprender, ou seja, libertar-se da ideia de que todos os desenhos são somente para crianças. Infelizmente muitas pessoas deixam de conhecer o maravilhoso mundo dos animes e mangás, por puro preconceito e uma opinião escravizadora sem reflexão.
Algumas questões podem ser levantadas nesse tema, como:
Por que o anime Sailor Moon pode ser considerado um anime filosófico?
Os personagens de Sailor Moon nos fazem refletir?
A Filosofia de Sailor Moon entendida pode ser colocada em prática?
As hipóteses são que os animes em geral nos levam à reflexão, incluindo os personagens que fazem parte essencial da história, e sobre a questão da prática dos “ensinamentos” desse anime, que são possíveis se as pessoas realmente estiverem interessadas e “abertas” a isso, caso contrário ficará somente na teoria.
O objetivo geral desse trabalho é mergulhar o mais fundo possível dentro do anime Sailor Moon, abrangendo todas as fases, ou seja, Classic, R, S, Super S e Stars (infelizmente não entrarei na questão do mangá, do live action ou dos musicais, pois esse trabalho ficaria muito extenso, e o objetivo desse trabalho é focar as questões filosóficas no anime).
Com isso foi incluído nesse trabalho uma pesquisa sobre todas as fases de Sailor Moon, incluindo os OVAS e episódios especiais, visando um olhar diferenciado em cima desse anime e a Filosofia.
A partir disso, procuro através dessa pesquisa meios para demonstrar a grandiosidade desse anime e deixar espaço para que futuras pesquisas com base na Filosofia nos animes sejam levadas em consideração.
Assim, não somente os autores dessas pesquisas, mas também os leitores reflexivos podem ajudar o anime e também o mangá a terem um maior respeito e uma visão diferenciada na sociedade, uma visão que pode transformar pessoas comuns em pessoas únicas.
Para a realização dessa pesquisa, dividi esse texto nos seguintes capítulos: No primeiro capítulo – Por que o anime Sailor Moon pode ser considerado um anime filosófico? se discute os motivos desse anime ser considerado filosófico. Já no segundo capítulo – Os personagens de Sailor Moon nos fazem refletir? mostra a situação essencial dos personagens nesse anime com a base filosófica. E no terceiro capítulo – A Filosofia de Sailor Moon pode ser colocada em prática? se discute como a Filosofia de Sailor Moon pode ser encarada pela sociedade e se realmente podemos colocá-la em prática.

CAPÍTULO 1 – POR QUE O ANIME SAILOR MOON PODE SER CONSIDERADO UM ANIME FILOSÓFICO?
Para iniciarmos esse trabalho sobre as questões filosóficas no anime Sailor Moon, vamos entender um pouco do que é o “anime”.
Anime é qualquer animação produzida no Japão. Para os japoneses, anime é tudo o que for desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional.
Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou OVAs – um formato de animação que consiste em um ou mais episódios de anime lançados diretamente ao mercado de vídeo, sem prévia exibição na televisão ou nos cinemas.
O mais comum é que, quando um mangá alcança sucesso considerável de vendas no Japão, ele seja transformado em anime e, se este também obtiver êxito, é traduzido e distribuído a outros países. Eventualmente, diversos produtos relacionados a ele começam a ser produzidos, como jogos de videogame, bonecos e revistas.
A resposta desse primeiro tópico pode ser respondida se assistirmos esse anime tão maravilhoso chamado Sailor Moon, sentindo a história e nos deixando envolver pelos personagens.
Nós mesmos poderíamos responder se esse anime pode ou não ser considerado filosófico, ou seja, será que ao assistirmos esse anime iremos continuar os mesmos? Será que iremos refletir sobre acontecimentos, sobre dramas de personagens, sobre decisões tomadas, ufa... No meu caso, posso compartilhar com vocês que refleti sobre essas situações ditas, além de me divertir é claro. Quem conhece o anime, conhece também a personagem principal, Usagi Tsukino, e sabe como é divertido poder assistir as histórias dessa garota chorona e “comum” que, ao decorrer da série, vai amadurecendo.
Essa reflexão que fiz, me fez ver coisas relacionadas com a Filosofia e também com a Psicologia, mas irei focar nas questões filosóficas, quem sabe esse trabalho de Sailor Moon seja o primeiro de muitos que poderão vir contribuir para a valorização e reflexão dos animes para a sociedade.
Vamos começar pela história. Usagi Tsukino é uma garota chorona, comilona e costuma se atrasar para as aulas. Mas certo dia, no caminho para a escola, ela encontra um grupo de garotos batendo em uma gata de rua.
Usagi salva a gata e tira um curativo da testa dela que escondia uma meia-lua dourada. Mais tarde a gatinha aparece no quarto de Usagi e começa a falar com ela, apresenta-se como Luna e lhe entrega uma missão: a de ser uma Sailor guerreira, defensora do bem, destinada a enfrentar demônios e se unir com outras Sailors guerreiras para encontrar a Princesa da Lua, que habita no planeta Terra.
Usagi recebe um broche especial que a transforma na guerreira Sailor Moon ao gritar "Pelo poder do Prisma Lunar". Sua arma especial é a Tiara Lunar, a qual ela lança dizendo "Tiara Lunar, ação!".
Mas qual o motivo de Usagi ser a escolhida e, após ela, outras guerreiras? Sorte, azar, destino? Vamos voltar ao passado...
Há muito tempo atrás, houve uma época chamada Milênio de Prata situado na Lua. A Rainha Serenity (a verdadeira mãe de Usagi) governava todos os planetas ao redor do Reino da Lua e sua missão era proteger a pedra sagrada da Lua – chamada de Cristal de Prata - e assegurar a existência da paz na Terra.
A Rainha educou sua filha, a Princesa Serenity (Usagi no passado) para que pudesse seguir seus passos e se tornar a futura rainha da Lua. Mas Serenity, que se apaixonara pelo príncipe da Terra, Endymion, passava a maior parte de seu tempo olhando para as estrelas na direção da Terra.
Tudo ia muito bem quando em um baile realizado no Milênio de Prata, Beryl, que era apaixonada por Endymion, resolve atacar o reino. Infelizmente todos do reino morrem, incluindo as Sailors guardiãs - Mercúrio, Marte, Júpiter e Vênus, o príncipe e a princesa...
A Rainha sente que não há mais nada a fazer, a não ser usar todo o poder do lendário Cristal de Prata sobre o Cetro Lunar para aprisionar Beryl e a força destruidora do Negaverso. Sua conselheira Luna a adverte que usando todo o poder do cristal ela morreria, porém ela sabia que esse seria o meio de garantir por um período a paz na Lua e na Terra. Assim, os gatos ficam com a missão de entregar o Cetro Lunar à princesa, pois as forças do Negaverso um dia poderiam voltar, e ela saberia o que fazer. Deseja sorte à princesa e as outras guerreiras, e que possam trazer paz futura à Terra. Serenity faz com que o Cristal de Prata flutue em suas mãos, envolve os corpos de todos os habitantes da Lua, as guerreiras, Endymion e a Princesa Serenity, e os envia para a Terra num futuro distante.
Luna e Artemis também são enviados à Terra juntos com o Cetro Lunar. Queen Serenity cai em um sono profundo, esperando pelo dia em que tudo voltaria ao normal e todos voltariam a se encontrar...
Bem...podemos analisar a transformação de Sailor Moon, como também das outras Sailors guerreiras que irão aparecendo durante o anime, com a questão filosófica de Heráclito quando ele trata do devir.
Heráclito, inserido no contexto pré-socrático, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer estático - Panta rei ou "tudo flui", "tudo se move".
O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos. Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. "A doença faz da saúde algo agradável e bom" ou seja, se não houvesse a doença, não haveria porque valorizar a saúde, por exemplo. Ele ainda considera que, nessa harmonia, os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim, em um círculo, ou a descida e a subida, em um caminho, pois o mesmo caminho é de descida e de subida...o quente é o mesmo que o frio, pois o frio é o quente quando muda (ou, dito de outra forma, o quente é o frio depois de mudar, e o frio, o quente depois de mudar, como se ambos, quente e frio, fossem "versões" diferentes da mesma coisa). Por exemplo, Usagi Tsukino é Sailor Moon em transformação, são versões diferentes da mesma pessoa, podendo ser feita uma comparação com a própria Lua, que vista da Terra, também passa por um ciclo de transformação a cada fase. O mesmo ocorre com as outras Sailors, que em seus gritos de transformações aparece o famoso “Transformação!!!”...no original “Make Up!!!”.
Esse grito, invocando a transformação do ser, pode ser considerado um ato filosófico, afinal estamos falando do devir, a mudança...e será que essa mudança - de uma garota para uma Sailor guerreira - é sempre a mesma? Ou será que também há transformação na transformação?
Se analisarmos, perceberemos que em uma determinada fase do anime, por exemplo, na fase R, a transformação pode parecer a mesma, mas não é, pois há uma evolução contínua do poder, ou seja, o aprendizado de novos golpes, até a própria transformação se modificar de uma maneira visível, como a transformação de Sailor Moon para Super Sailor Moon.
Além dessa perspectiva de transformação, podemos citar outras questões relevantes, mas sobre essas questões, os próprios personagens poderão nos ajudar no próximo capítulo.

CAPÍTULO 2 – OS PERSONAGENS DE SAILOR MOON NOS FAZEM REFLETIR?

Algo interessantíssimo que devo citar no início desse capítulo é a diversidade dos personagens em Sailor Moon, é claro que irei apresentar de uma forma simples, só para mostrar como nesse anime há um universo repleto de diferenças.
Usagi Tsukino - A personagem principal da série é uma estudante folgada, comilona, chorona e com um coração de ouro. Ela transforma-se em Sailor Moon, guerreira que luta em nome do amor e da justiça, ao decorrer da série é descoberto que ela é a Nova Rainha Serenity, que subirá ao trono e governará Tókio de Cristal ao lado do Rei Endymion no futuro.
Mamoru Chiba - O namorado e verdadeiro amor de Usagi. Ele transforma-se em Tuxedo Kamen, e ajuda as Sailors guerreiras em seus combates. Não possui poderes como elas, mas percebe-se a grande força que Mamoru, como verdadeiro amor de Usagi, representa para Sailor Moon em combate. Ao decorrer da série é descoberto que ele é o Rei Endymion, que governará Tókio de Cristal ao lado da Nova Rainha Serenity.
Chibi Usa - Filha de Usagi e Mamoru no futuro. Ela vem para o tempo presente, com a esperança de pegar o Cristal de Prata (que está no broche da transformação de Usagi) e assim salvar sua mãe no futuro, que é a própria Usagi no futuro. Ela transforma-se em Sailor Chibi Moon.
Ami Mizuno - A amiga mais inteligente de Usagi. Ela transforma-se em Sailor Mercúrio, tem os poderes da água e sonha em ser médica como sua mãe. Sua personalidade é pacífica e está sempre utilizando sua inteligência para um melhor combate.
Rei Hino - Uma sacerdotisa que estuda em uma escola particular só para meninas. Ela transforma-se em Sailor Marte e usa poderes de fogo. Dotada de poderes sensitivos, é decidida e um pouco arrogante. Adora incomodar Usagi, mas são boas amigas, como podemos perceber ao assistir o anime.
Makoto Kino – Na minha opinião, uma das Sailors guerreiras mais fiéis à Usagi. Ela transforma-se em Sailor Júpiter, possui poderes de trovão e grande força física, é uma ótima cozinheira e uma amiga bem compreensiva.
Minako Aino - Agia por conta própria como Sailor V antes de juntar-se às outras Sailors. Ela transforma-se em Sailor Vênus, guerreira do amor e da beleza. Junto dela está o gato Artemis. Na primeira fase (do anime) não se percebe que Minako é uma garota tão engraçada e atrapalhada como Usagi, mas a partir da R, ela assume essa personalidade.
Setsuna Meiou - Ela aparece de forma discreta ajudando Chibi Usa a voltar para o passado e encontrar Sailor Moon, mas depois surge com Michiru Kaiou e Haruka Tenou, com seu talismã usado para salvar a Terra. Transforma-se em Sailor Plutão, guerreira da Porta do Tempo e também da mudança.
Michiru Kaiou - Inteligente, bonita, elegante, muito feminina, culta e bem-educada. Ela é para os outros uma mulher perfeita. Toca violino, piano e pinta quadros. Estuda em um dos colégios mais concorridos de Tóquio, o Mugen High School, onde só estudam as pessoas mais inteligentes e ricas do país. Como Sailor Netuno – a guerreira das profundezas marítimas - no entanto, deixa a postura de boa moça de lado e põe-se a lutar, é claro que ao lado de sua amada Haruka Tenou – Sailor Urano.
Haruka Tenou – Esportista, adora carros esporte e corridas, seu espírito é o de liberdade. Ela transforma-se em Sailor Urano, guerreira do vento. Haruka é um pouco seca e também dura, às vezes chega a ser mal-educada com as pessoas, mas tem um grande coração e não mede esforços para alcançar seus objetivos. Haruka e Michiru se amam muito, uma se preocupa com a outra, arriscam a vida para salvar a da outra e etc. Um caso de amor muito admirável e reflexivo.
Hotaru Tomoe - Ela é uma menina tímida e sem amigos, pois teve problemas na escola em que estuda. Isso porque é muito fraca fisicamente e é comum que sofra desmaios e perdas de memória. A sua primeira amiga de verdade é Chibiusa e só muito mais tarde se torna amiga das outras Sailors, sendo que fica mais próxima de Sailor Plutão, Sailor Netuno e Sailor Urano, afinal, elas se tornam uma família. Hotaru transforma-se em Sailor Saturno, a guerreira da destruição.
Luna - É a primeira dos três gatos guardiões a aparecer. É ela que dá o broche de transformação a Sailor Moon e as canetas de transformação para Sailor Mercúrio, Marte e Júpiter. Possui um papel muito importante, pois é quem muitas das vezes detecta a presença de inimigos. Ela também faz pesquisas para conhecer o passado da época do Milênio de Prata.
Ártemis - É o segundo gato a aparecer. Ele surge em companhia de Sailor Vênus. Foi ele quem lhe deu a caneta de transformação. Sua função é a de guiar Luna na formação das outras guerreiras e ajudá-la a encontrar informações sobre os inimigos.
Diana - É a filha de Luna e Ártemis no futuro. Quando aparece gera um pouco de confusão mas, assim como Chibi Usa veio do futuro, Diana também, e assim o casal de gatos também se acostuma com sua filha do futuro. Fica em companhia de Chibi Usa.
Cada uma das Sailors possui uma habilidade distinta, que complementa as demais como, por exemplo, poder sensitivo, imensa força física ou inteligência superior (habilidades essas que muitas vezes foram motivos de se sentirem excluídas e rejeitadas no convívio com outras pessoas antes de se tornarem guerreiras). Mesmo enfrentando diversas batalhas para proteger a Terra, Usagi e suas amigas buscam levar uma vida comum. É claramente mostrado como a amizade que as une vai muito além dos momentos em que transformadas lutam contra os inimigos.
A variedade de personalidades mostrada nesse anime pode nos levar a refletir sobre a amizade. É possível conviver em harmonia, respeitando o jeito de ser de cada um? Mesmo com diferentes maneiras de pensar e agir pode-se alcançar um objetivo em comum quando se trabalha em equipe?
Além disso, também é mostrada por vezes a benevolência das Sailors guerreiras para com os vilões, buscando compreender as razões que os levaram a nutrir o desejo de destruir ou dominar a Terra. Quais os motivos por trás de toda a maldade que praticam? Seria simplesmente porque são seres maus, sem sentimentos como medo, solidão, tristeza? Será que inimigos serão sempre vistos como inimigos? Eles podem passar por uma transformação interna e vir a se tornar um amigo?
São essas algumas questões que os personagens do anime Sailor Moon nos apresentam no decorrer da série, de maneira que nos convida a passar por uma boa reflexão a respeito.
Assistindo esse anime tão rico, podemos aprender muito com os personagens que participam da história, mas será que podemos colocar em prática os ensinamentos desse anime tão filosófico?Vamos pensar sobre isso no capítulo 3.

CAPÍTULO 3 – A FILOSOFIA DE SAILOR MOON PODE SER COLOCADA EM PRÁTICA?

Já deu pra perceber a importância filosófica que Sailor Moon tem em sua totalidade com os capítulos anteriores, certo? Bem, mas não fiquem somente com esse trabalho, não se limitem, tentem ir à fonte, ou seja, ver o anime, e até mesmo se possível ler os mangás, assim você mesmo passará por essa experiência filosófica.
A filosofia de Sailor Moon pode ser colocada em prática? Sim, os ensinamentos filosóficos quando compreendidos podem fazer parte do nosso cotidiano, pois essa carga filosófica desse anime tão repleto de reflexão vem justamente desconstruir a nossa construção já construída, é claro se permitirmos isso. Se nos fecharmos no que já ditamos como o “certo”, estaremos perdidos, já estaremos prontos, então só nos resta a morte.
Por exemplo, o estilo de vida de Usagi, o modo de enxergar as coisas, a sociedade, é algo interessante. Nos tornamos pessoas mais agradáveis e amigáveis, estaremos abertos à diversidade, assim como aconteceu com Usagi. Essa garota fez amizade com os mais diversos tipos de pessoas, basta assistir o anime para perceber, por exemplo as Sailors, cada uma com o seu estilo, e Usagi, se divertindo com cada uma, sem se importar com a diferença.
Falando em diferenças, Sailor Moon vem nos mostrar como a diversidade é algo rico. Quando alguém diz que somos todos iguais, será mesmo? Temos nossa individualidade, ou seja, somos diferentes, e isso que é o interessante. Cada Sailor tem sua maneira de lutar, como mostra muito bem no início da fase Stars.
Como diz Sailor Urano: “Esse é o nosso jeito de lutar.” Essa é uma frase que tem uma profundeza filosófica imensa, assim como Nietzsche nos relata: “Torna-te quem tu és.” E também em um episódio da fase Super S, em que uma professora questiona o desenho de Chibi Usa, dizendo que não irá ganhar uma nota boa com aquele tipo de desenho, e ela sabiamente responde: “Eu prefiro respeitar o meu jeito de ser.” O que quer dizer tudo isso? Que podemos ser nós mesmos, não há o que temer, podemos ser tímidos, ou mais extrovertidos, podemos amar quem quisermos amar, podemos fazer do nosso jeito. Não precisamos fazer algo somente para agradar um determinado grupo, temos que colocar o nosso estilo, pois cada pessoa tem o seu jeito de lutar, assim como as Sailors.
É interessante que com esse pensamento, podemos nos aprovar, e não esperar que outra pessoa nos aprove. Atualmente a ação das pessoas é muito fundamentada no que os outros irão pensar, ou “farei algo para me encaixar naquele grupo de amigos”, mas em Sailor Moon percebemos que a amizade verdadeira não precisa dessa falsidade, para se “encaixar”, basta ser você mesmo. Assumindo essa postura leve, tranqüila e filosófica, iremos perder vários amigos, que na verdade nunca foram nossos amigos, e atrairemos amigos verdadeiros que realmente irão nos acrescentar algo.
Outra coisa que pode ser colocada em prática é o próprio amadurecimento, não somente em questão de transformações e poderes, mas também podemos notar o amadurecimento de Usagi ao decorrer da série, se compararmos a primeira fase – Classic, com a última – Stars, podemos notar seu amadurecimento, que a própria gata Luna reconhece. Podemos amadurecer e nos tornar mais fortes, podemos como diz Heráclito ser um eterno vir a ser, dar abertura ao ser, e isso não somente com Usagi, mas podemos notar também com os outros personagens.
Encerro esse capítulo com a proposta de analisarmos os animes, para dar uma real importância humana e social, se mesmo analisando não conseguirmos notar sua importância, que tal sentirmos os animes? Entrar na história, perceber o que ela quer transmitir e aprender com ela, é uma característica de alguém que não está pronto e nem se interessa em ficar pronto, pois no momento que você se familiariza, você deixa de conhecer...






CONSIDERAÇÕES FINAIS
Utilizei o anime – Sailor Moon criado por Naoko Takeuchi e também filósofos como Heráclito e Nietzsche, além de ideias e pensamentos anotados no meu caderno de Filosofia, que construí durante a graduação.
Esse trabalho não tem nenhum fim lucrativo, foi criado somente para pesquisa filosófica que poderá contribuir para a sociedade. O uso do anime pode ser usado como fonte de aprendizagem e reflexão, se você realmente acreditar e fizer um bom planejamento.
É claro que esse trabalho é só o primeiro passo para uma maior valorização do anime, mas muitos passos já estão sendo dados, e com isso a visão de “desenhinho” está sendo substituída por desenhos realmente filosóficos, que nos acrescentam e nos fazem pessoas diferentes, pessoas que acreditam em sua individualidade, em seu cosmo, em seu potencial...bem, é isso que sinto com Sailor Moon, agradeço à Naoko Takeuchi, a criadora desse mangá e anime tão maravilhoso, que me acrescentou e assim me fez um ser humano melhor e mais interessante.
Espero que tenham gostado do trabalho escrito e dos vídeos!
Com carinho
Fernando

Referências

TAKEUCHI, Naoko. Sailor Moon. Japão: Kodansha e Toei Animation, 1992.
OS PENSADORES originários: Anaximandro, Parmênides, Heráclito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991.
MARTON, Scarlett. O pensamento vivo de Nietzsche. São Paulo: Martin Claret, 1985
MCCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos: história, criação, desenho, animação, roteiro. São Paulo: M. Books do Brasil, 2005.
SOS Sailor Moon Project. Disponível em: < http://sossailormoon.com.br/> Acesso em 02 nov. 2010
Sailor Moon Brasil – Anime x Mangá. Disponível em:
< http://sailormoon.mundoperdido.com.br/ > Acesso em 02 nov. 2010

13 de out. de 2011

Luz de Abajur

Postado por Fernando Assis às 12:29 8 comentários

12 de out. de 2011

As quatro estações dentro de cada pessoa

Postado por Fernando Assis às 19:58 11 comentários

Hoje vou falar de algo que estava pensando esses dias.Atualmente a mídia em geral passa a traição como algo tão normal,até site para trair ja tem,no sims social do facebook é incentivado a traição pelas quests,mesmo você estando com relacionamento super sério,etc...enfim,enquanto a mídia passa essa coisa de trair a pessoa que você escolheu pra viver como algo ''normal'' ,eu venho contra essa correnteza dizer que não é.
Você deve se lembrar de algo que atualmente está sendo esquecido - o ser humano que você escolheu também tem as quatro estações dentro de si,ou seja, você homem por exemplo,não culpe a sua mulher(ou homem) por ela não querer sexo naquele dia,ou por ela estar num período reservado,ao invés de criticar isso,curta o inverno dela...mulher,se seu marido (ou esposa) está um pouco agitado,não fique criticando,curta o verão,curta também a primavera,o outono,ou seja...curta a pessoa integral,o universo repleto de possibilidades que está do seu lado ;)
Querem transformar o amor em ''fast foda'' e depois fazer vc se sentir culpado com seu grande vazio interno e correr pras salas dos psicólogos que hoje em dia estão lotadas,mas você não vai deixar se levar pela mídia certo?:)

23 de set. de 2011

Por que viver?

Postado por Fernando Assis às 23:24 7 comentários
Minha mãe se chama Márcia,é uma senhora que tem Mal de Alzheimer,e que me fazia pensar...pra que viver então?Sendo que acabará assim?
Pois é,um dia desses,sonhei que estava na sala e minha mãe estava lá no sofá,sentada,linda,com um vestido azul,com luz,bem diferente da aparência da pessoa com Mal de Alzheimer,acredito que era ela em espírito.
Logo no sonho me emocionei,sentei perto e fiz a grande questão que não encontrava resposta:
''Por que viver??Qual é o sentido disso??Pra terminar desse jeito??''
Ela respondeu:
''A gente vive para conviver com as pessoas'' - Márcia Ap. Coura Assis :)

22 de set. de 2011

Orange Days

Postado por Fernando Assis às 14:53 2 comentários
Hum...vou recomendar mais um drama japonês, mais uma obra maravilhosa, repleta de reflexão, sentimentos e delicadeza - Orange Days.
Lembrando que esses dramas japoneses que eu indico tem poucos episódios, Orange Days tem 11, por isso, tire um tempinho e conheça essa história tão linda :)

Ichi Rittoru no Namida - 1 litro de lágrimas

Postado por Fernando Assis às 14:45 2 comentários
Pessoal querido! :)
Me desculpem pela falta de atualizações, espero que estejam todos bem :)
Dessa vez, venho recomendar um drama japonês muito lindo chamado Ichi Rittoru no Namida ou 1 litro de lágrimas, na internet tem pra baixar e realmente é muito bom, é baseado em uma história real, bem...preparem os lencinhos ;)

Konayuki - Tradução

Postado por Fernando Assis às 14:34 1 comentários
Na época em que caem flocos finos de neve,
A gente sempre se desencontra
Apesar de ver o mesmo céu em meio à multidão
Soprados pelo vento e tremendo de frio
Talvez eu não conheça tudo de você
Mas descobri você
Entre cem milhões de pessoas
É o que eu acredito
Mesmo sem fundamentos
É impossível viver o mesmo tempo
Sem discussões triviais
Se não dá para ser para sincero
Será tudo inútil
Tanto na alegria quanto na tristeza
Flocos finos de neve,
Se tingissem até o coração de branco,
Seríamos capazes de compartilhar
A nossa solidão?
Encostando a minha orelha no seu coração
Quero seguir essa voz e descer até o fundo
Para a gente se ver de novo
Queria lhe entender melhor
Mas eu acariciava apenas a parte superficial
Sem saber que
Bastava apertar sua mão gelada
Para estarmos ligados
Flocos finos de neve
Diante da eternidade, são tão frágeis
E se transformam em manchas
Sobre o asfalto áspero
Flocos finos de neve
O coração às vezes oscila
Mas vou protegê-la
Para sempre
Flocos finos de neve
Se tingissem até o coração de branco
Cobririam a nossa solidão
Para levá-la de volta para o céu

18 de jul. de 2011

Quando pousa a borboleta

Postado por Fernando Assis às 19:58 6 comentários
Nós nos relacionamos com diversas pessoas em nossa vida...com besouros, joaninhas, vespas e aí vem a esperada borboleta, ou ''príncipe(princesa)encantado'' para muitos.
Quando chega a borboleta certa, dá um certo medo...medo do quê?Afinal chegou a borboleta!...ué, mas ela pode ir embora, não pode?Hmmm...esse medo muita gente tem, e gostaria de poder controlar a borboleta(muitos fazem isso), mas o segredo é cuidar do jardim, para que a borboleta se sinta bem e que os dois sintam felizes com o contato, com o conJUNTO...
A borboleta também deve colaborar com o jardim, assim como o jardim deve colaborar com a borboleta, de uma forma natural e sem prisões e imposições, deve ser uma troca interessante e natural que pode ser chamada de amor.
Não se deveria pensar se a borboleta está em outros jardins além do seu, você deve aprender a desenvolver a confiança no ser que você ama.
Afinal, ela não pousou por acaso...certo?:)

15 de jul. de 2011

Adoção: Quem está apto?

Postado por Fernando Assis às 19:27 4 comentários
Como sempre, passo a escrever – de um ponto de vista que não é isento, e nem poderia, pois não existe imparcialidade – a respeito da discrepância entre os discursos homofóbicos e a realidade que tentam alcançar. O tema eleito para este texto é sobre adoção de crianças e/ou adolescentes, considerando o que realmente significa estar apto não apenas para adotar, mas também para criar uma criança.



Comecemos por um elemento que acredito unanime entre os diversos setores da sociedade: A mera capacidade de um casal de gerar filhos não os faz, de modo algum, necessariamente aptos a criá-los. Enquanto geração da prole é algo mecânico e simples: qualquer par de adolescentes já está apto a fazê-lo, criar e educar uma criança depende de uma série de fatores sociais, econômicos e sentimentais que, talvez infelizmente, não nascem nos pais junto com a criança. Os filhos, dizem alguns mais atentos a realidade, não vem com manual.



Esse tipo de coisa nós percebemos todos os dias abrindo os jornais, vendo televisão, indo comprar um pão na padaria: O abuso e as variadas formas de abandono (material, intelectual, afetivo etc.) são extremamente comuns. Esse fato, entretanto, é comumente esquecido ou ignorado nos discursos dos setores conservadores e retrógrados contrários à adoção de crianças por homossexuais.



Esquece-se ou Ignora-se que a qualidade “ser heterossexual” não dá ao indivíduo nenhum conhecimento ou propriedade especial, inalcançável para os mortais homossexuais, que os façam naturalmente melhores pais ou educadores e, por conseqüência, esta mesma qualidade por si mesma não fará daqueles que se interessem em adotar uma criança a melhor escolha para isso.



Acredito, entretanto, que os casais – independente se homossexuais ou heterossexuais – que se propõe a adotar uma criança, ou ainda planejam com antecedência criar uma criança, possuem, em geral, melhores condições de fazê-lo do que aqueles que “sofreram” acidentes, ou nunca se preocuparam em usar contraceptivos.



Quais são, perguntamos então, os elementos que fundamentam o discurso que os homossexuais não devem ter direito a adoção/criação de crianças e adolescentes se não há conexão causal entre heterossexualidade e criação satisfatória dos filhos? A resposta, como sempre, encontra-se em mitos e fantasias – wishful thinking – vazias de dados empíricos ou racionalidade, vejamos.



Mito 1: Se naturalmente não podem ter filhos, Não devem ter filhos.

Opcional: [Insira Entidade Mística] não quer que eles tenham filhos



Este mito já desconstruímos no começo do texto: a capacidade de gerar filhos não qualifica ninguém para ter e criar filhos, ademais poderíamos considerar os diversos casais naturalmente estéreis se estão de acordo que se trata de algum tipo de punição bio-determinista, do destino ou de alguma figura divino-cósmica. Ademais esse tipo de argumento acaba completamente com o sentido de Adoção: criar crianças que não foram geradas pelo casal.



Mito 2: Pais homossexuais influenciariam a criança a torna-se homossexual

Subentendido: Homossexualidade é errada e não queremos mais deles na sociedade.



A 15 de julho de 2011, não existe, em qualquer parte do mundo, qualquer estudo científico que aponte para esse fato. Na verdade o contrário é verdadeiro: todos os estudos científicos realizados com casais gays ao redor do mundo mostram que as crianças criadas por pais do mesmo sexo não apresentam nenhuma diferença em problemas emocionais, de identidade de gênero, orientação sexual ou auto-estima se comparadas à crianças criadas por casais heterossexuais.



De fato, penso eu, por essa lógica, se a orientação sexual dos pais fosse determinante na constituição da orientação sexual do filho, não haveria homossexuais.



Fontes:



Notícias:

http://www.webmd.com/mental-health/news/20051012/study-same-sex-parents-raise-well-adjusted-kids



http://moms.today.com/_news/2010/10/04/5228129-the-kids-are-all-right-largest-study-of-gay-parents-shows-their-children-to-be-well-adjusted



http://childrenofgayparents.com/news.php?id=4



Pesquisas Científicas: (ilustrativas das centenas existentes)



Parenting and Child Development in Adoptive Families: Does Parental Sexual Orientation Matter?:

http://people.virginia.edu/~cjp/articles/ffp10b.pdf



Children of Lesbian and Gay Parents

http://www.rsu.edu/Faculty/RBoughner/courses/Intro/Alternative%20activities/Children%20of%20gays.pdf



Psychosocial Adjustment, School Outcomes, and Romantic Relationships of Adolescents With Same-Sex Parents:

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-8624.2004.00823.x/abstract



Adoption of Minor Children by Lesbian and Gay Adults: A Social Science Perspective:

http://heinonline.org/HOL/LandingPage?collection=journals&handle=hein.journals/djglp2&div=15&id=&page=



Victimization, Social Support, and Psychosocial Functioning among Children of Same-sex and Opposite-sex Couples in the United Kingdom

http://dspace.brunel.ac.uk/bitstream/2438/2637/1/Developmental%20Psychology.pdf





Mito 3: Gays São Pedófilos e molestam suas crianças

Opcional: Miriam Rios disse que.....



Como em outro oportunidade já comentei a respeito sobre Pedofilia e homossexulidade: [http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150240563948577], repito aqui apenas um dado: de acordo com todas as pesquisas feitas sobre o assunto, o perfil do pedófilo é de um homem heterossexual, casado que abusa da filha, enteada, sobrinha ou neta.



Mito 4: Gays não oferecem estabilidade no lar para as crianças

Subentendido: São imorais e vivem trocando de parceiros.



Nada melhor do que começar sem hipocrisia: atualmente 50% dos casamentos resultam em divórcios. Uma visita a qualquer escola pública ou particular mostrará as mesmas proporções de pais separados e crianças com dois lares.



Certamente, algo que sempre digo, dois errados não fazem um certo, assim não justificarei a hipocrisia do enunciado dizendo que os gays também tem direito de se divorciar se for o caso, mas apontar para o fato de que qualquer casal que deseje adotar uma criança, passa por uma série de avaliações psico-sociais que levam em consideração a estabilidade do lar em que a criança possivelmente virá a morar. Não nos esqueçamos também que o direito à adoção é irrestrito a condição civil: solteiros, casados, divorciados, viúvos e etc. podem pleitear adoção de crianças.



Mito 5: A criança chega à escola, perguntam quem é o pai e a mãe, a criança ficará confusa/não saberá responder/será motivo de chacota dos coleguinhas.

Subentendido: Nós já ensinamos aos nossos filhos desde pequenos que homossexualidade é errada e motivo para chacota e ódio





A criança chega à escola e diz que só possui a mãe e desconhece quem é o pai; chega à escola e diz que mora com os avós; chega à escola e diz que mora com o pai e a nova esposa dele. Já expressei em outro momento [http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150249488998577] a questão sobre as configurações modernas da entidade familiar e dá mesma forma que outras formas sem ser pai-mãe são aceitas, pai-pai ou mãe-mãe também devem ser.



Na verdade o que se quer com este argumento é assegurar o direito ao ódio e ao bullying por parte de certos setores que preferem educar os filhos dizendo que determinada conduta é errada ao invés de ensinar-lhe a tolerância e o respeito.



Aliás, falando em bullying, a orientação sexual dos pais ou da própria criança/adolescente são apenas dois entre os diversos motivos que levam indivíduos a mal tratar colegas como sobrepeso, timbre de voz, capacidades intelectuais, uso de adereços exóticos, etc etc etc., todas as crianças estão, por algum motivo, sujeitas ao bullying o que de qualquer maneira não deveria ser tolerado pela a escola ou pela família.



Assim, se a criança sofre discriminação por possuir pais do mesmo sexo, o erro partiu da má educação dos pais em não ensinar o respeito e passará a ser da escola se esta não intervier e tornar o ambiente saudável para todos os alunos, de modo que possam conviver harmonicamente.



Mito 6: É melhor não ter pai algum do que ter Pais homossexuais

Opcional: [Insira texto religioso] Diz que Homossexualidade é errada e Imoral.

Subentendido: Meu ódio irracional por esta conduta me faz acreditar que é preferível manter crianças num orfanato longe do amor e afeto que duas pessoas podem dar a ela.



Infelizmente, chegamos neste triste argumento, que é proferido com maior freqüência do que muitos podem acreditar. Desconstruídas todas as afirmações sem base empírica, na verdade sem qualquer base, caímos nesse tipo de afirmação e me pergunto: O que uma pessoa como essa pode ensinar aos filhos? Ou ainda, está mais apta a tê-los do que duas pessoas que dentro da sua relação não podem gerar crianças?



Pela clara desumanidade e irracionalidade da afirmação, não há necessidade de analisá-la a luz de argumentos sobre ética ou moral, mas cabe uma análise por um documento que vem sido invocado em muitos argumentos contra a união homossexual, a constituição federal, vejamos o que ela nos diz sobre as crianças/adolescentes:



Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão



Colocados como “prioridade absoluta” estão os direitos da criança e do adolescente que de forma alguma são satisfeitos ou alcançados nos abrigos pelo País. Pergunto: então ao invés de dar a guarda para pessoas que possam se ocupar da sua saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade devemos mantê-la num abrigo?

Será que essa também é a opinião das crianças que hoje podem ser adotadas? Será que elas preferem ficar no abrigo a ter dois pais ou duas mães? Ou será esse o mais vergonhoso e hediondo egoísmo/egocentrismo que estamos presenciando? Qual o limite do ódio e da irracionalidade? Talvez, não tenha limites.



Termino esse texto, trazendo algumas informações que julgo interessantes sobre a adoção no Brasil e coloco sob reflexão o fato: Será que os casais heterossexuais estão assim, tão mais aptos?



Algumas informações de acordo com Legislação Atual:



- O adotante deve ser maior de 18 anos.

- Independe do estado civil (se solteiro, casado, ligado por matrimônio ou união estável).

- A diferença mínima entre adotante e adotado deve ser de 16 anos.

- Devido Processo Jurídico com participação do Ministério Público.

- Não há impeditivos na legislação para adoção devido à orientação sexual.



Alguns Dados:



- Existem hoje cerca de 29 mil crianças e adolescentes em abrigos no Brasil das quais cerca de 4 mil estão aptas para adoção no momento.

- Existem hoje cerca de 27 mil famílias interessadas em adotar



Alguns Problemas:



37% dos interessados só aceitam crianças brancas --- 70% das crianças são Negras ou Pardas

83% dos interessados aceitam adotar uma criança --- 71% possuem um ou mais irmãos

- 82% querem crianças com até 1 ano de idade; 10% aceitam crianças a partir dos 4 anos, não chegando a 3% a partir dos 6 anos, A partir dos 8 anos não chega a 1% de interessados.

- 90% das crianças nos abrigos já possuem 5 ou mais anos de idade.



Dados providenciados pelo Conselho Nacional de Justiça.

Escrito por Nelson Bondioli

14 de jul. de 2011

Star Wars e a Filosofia

Postado por Fernando Assis às 00:42 0 comentários

Filosofia Jedi:

- Não existe emoção, existe paz.

- Não existe ignorância, existe conhecimento.

- Não existe paixão, existe serenidade.

- Não existe morte, existe a Força.


Filosofia Sith:

- Paz é uma mentira, só existe paixão.

- Através da paixão, ganho força.

- Através da força, ganho poder.

- Através do poder, atinjo a vitória.

- Através da vitória, as minhas correntes são quebradas.

- Assim, a Força me libertará.

13 de jul. de 2011

Você já olhou ao seu redor hoje?

Postado por Fernando Assis às 00:18 0 comentários
Família: Você já olhou ao seu redor hoje?

Recentemente frente às decisões favoráveis do Judiciário, em especial do STF, em relação aos direitos aos homossexuais, pulula pela internet – e outros locais de convívio social como, por exemplo, Templos – vexatórias discussões a respeito do significado de família.



Os conservadores, de uma forma ou de outra, usam da “tradição” – tomada em suas mentes como aquilo que sempre foi e sempre será – para sustentar sua presunção: A família forma-se pela união do homem e a mulher. A tradição cristã adiciona a esta primeira parte o predicado: e sua prole ou visando à geração de descendentes.



Seria muito simples questionarmos essa afirmação: Em primeiro lugar o modelo de unidade familiar básica “homem-mulher-descendente”, a chamada família nuclear, é uma invenção burguesa recente. A unidade familiar no passado era muito maior do que esta, incluindo aí quase todo o grupo consanguíneo, inclusive aqueles ligados não pelo sangue, mas por laços “jurídicos” tal qual o contraído pelo casamento. Em relação à tradição cristã é ainda mais fácil questionarmos o argumento: Serão os casais estéreis alguma outra coisa que não uma família? E aqueles que decidam não ter filhos nunca por vontade própria? A essas questões, entretanto, dirão: você está apenas sofismando. Pois bem, procurarei então outras maneiras para abordamos o assunto.



Acredito que a maneira mais simples de questionarmos as idéias, ou ainda aprender do que compõe uma “família” seja observar para fora do próprio umbigo e conhecer o outro: o vizinho, as pessoas na rua, amigos, etc. rapidamente reconheceremos uma diversidade incrível de agrupamentos familiares dos quais darei exemplos com base da minha própria observação e vivência:



Tenho um bom amigo que desde muito cedo é criado pela avó, os dois moram juntos há anos – e sim somente os dois – e acredito que continuaram assim por um bom tempo, constituirão eles uma família? Quando era mais jovem, em meu prédio vivia um casal: Homem, mulher e três filhos: um rapaz, uma moça e um bebê. O rapaz era filho da mulher com um ex-marido, a moça filha do homem com uma ex-esposa, e o bebê filho dos dois, vivendo todos sob o mesmo teto, ainda estão dentro do modelo familiar?

Quando cursava a faculdade conheci uma jovem que morava apenas ela com a tia-avó, fico em dúvida: elas formam uma unidade familiar? E os dois primos que moram juntos em uma casa em São Paulo? Atualmente, uma tia minha viúva mora com o irmão divorciado e devem permanecer nesse arranjo por bons anos, eles são uma família, né?

Quando estagiava, lembro bem do meu chefe, este morava na casa dele em São Paulo e a mulher dele morava na casa dela em Tocantins, se viam algumas vezes por mês, pergunta: Isso é uma família? Se não for, não acho que alguém os tenha avisado.



Esses são só alguns exemplos que posso dar, conheço muitos outros e estou certo que não sou uma exceção, a verdade é que todos nós já nos deparamos com esses agrupamentos “não-convencionais”, mas que ninguém parou para pensar: A não eles não estão na base do modelo familiar nuclear. Essa bomba só explode quando dois homens ou duas mulheres, que se amam resolver chamar a si próprios de família: aí pronto, começa a enxurrada de comentários bíblicos-jurídicos.



Se, nas nossas leis, ainda hoje está escrito que a unidade familiar é o homem e a mulher, ou qualquer um dos pais e seus descendentes, é porque ao momento em que foi escrita nossa Constituição e o Código Civil nosso legislador, em seu próprio conservadorismo, pela sua tradição, optou – exatamente este o termo: OPTAR – por não compreender a família em seu termo maior e verdadeiro: não de homem e mulher e sua prole, mas duas ou mais pessoas, ligadas ou não pelo sangue, que dividem suas vidas em todos os sentidos: dos aspectos materias como o sustento do lar, ou dos lares, aos mais efêmeros como os sentimentos de amor e respeito mútuo.



A família mudou, os tempos mudaram, o mundo mudou. É estranho, e talvez clichê dizer, mas questiono por que em pleno século XXI as unidades familiares ainda são compreendias pela pequenez do século XVIII? Ou pior, por textos absolutamente desconexos e contraditórios escritos no século IV em diante?

Realmente para estas questões não tenho resposta.



Algumas coisas, entretanto, permanecem iguais: Preconceito e Ignorância, ainda fazem parte da nossa sociedade. Mas nós podemos mudar isso, colocando entre nossos legisladores homens e mulheres que façam uma opção menos segregadora e mais atenta a realidade, que eles optem pelo progresso ao invés retrocesso, pelo amor ao invés do ódio, acima de tudo que eles façam uma opção pela dignidade do ser humano.


Escrito por Nelson Bondioli

29 de jun. de 2011

Informação importante!

Postado por Fernando Assis às 23:39 0 comentários

9 de jun. de 2011

Assinaturas contra Homofobia

Postado por Fernando Assis às 23:59 0 comentários
Pessoal,está na hora de mostrar que nós não vamos ficar de braços cruzados com as injustiças e tamanha violência contra os homossexuais,contra o diferente,contra a diversidade.
Você pode não ser homossexual,mas mesmo assim pode ser atacado por alguém violento,ou o seu filho ou alguém que você ame...ou seja DIGA NÃO à violência...queremos um país realmente democrático,e um estado laico!
A meta é conseguir 1,5 milhão de assinaturas ...- Você pode pegar a ficha pra coletar assinaturas nesse link:
http://www.plc122.com.br/militancia-pretende-recolher-assinaturas-pro-plc122/#axzz1OowjP7jE

Com o modelo do abaixo assinado,você pode conseguir assinaturas das pessoas que você conhece,da sua cidade e depois enviar para o seguinte endereço,irei passar como está no site:

''Imprima, e depois de completar as assinaturas, basta enviar para a ABGLT, no seguinte endereço''

Avenida Mal Floriano Peixoto, 366 – cj 47 –

CEP: 80010-130 Curitiba – PR


Atenção para o prazo! As assinaturas devem ser enviadas até o dia 10 de dezembro.


Vamos nos unir e mostrar que acreditamos na verdadeira democracia e justiça social,estamos cansados de violência,estamos cansados de injustiça,queremos leis,queremos sair nas ruas sem medo de sermos violentados...e se formos,existirá leis que irão punir os odiosos...mas só se você se movimentar e fazer parte dessa luta que ficará pra história.


OBS: Quem quiser coletar assinaturas em algum lugar,ou no centro de Sorocaba,ou em alguma universidade e quiser companhia,é só me enviar um e-mail,que iremos com vocês!

7 de jun. de 2011

Luz de Abajur - Contra a Homofobia!

Postado por Fernando Assis às 12:43 0 comentários

20 de mai. de 2011

Viver uma verdade

Postado por Fernando Assis às 12:45 2 comentários
Estamos acompanhando a luta pela dignidade do amor, não um amor que sai de uma fôrma de bolo, mas um amor verdadeiro que realmente saia do coração, do espírito.
É de se pensar nos motivos de algumas pessoas que se dizem cristãs não aceitarem o amor entre pessoas do mesmo sexo, afinal o coração do evangelho de Jesus está nas boas aventuranças, certo? E por que tanto ódio e julgamento se o próprio Jesus nos disse para não julgarmos e ainda destaca o mandamento do amor?
E há quem diga que a união homoafetiva pode prejudicar a família, será? Será que a pessoa ao poder escolher com quem irá viver sua vida, estará prejudicando alguém? Ou será que estará sendo sincera consigo mesma e com a vida em sua totalidade?
Será que o que prejudica a família não são os milhares de divórcios, traições e falta de planejamento familiar? Estar com alguém por uma pressão social ou outra, que não seja a verdadeira vontade e escolha de estar junto com quem se ama, isso sim é prejudicial.
O que prejudica a vida é esse ódio pelo diferente, quando os odiosos irão entender que somos filhos da diversidade, desse planeta Terra que nos acolhe sem preconceitos? Devemos lembrar que viver uma verdade é viver amorosamente.

Fernando Coura Assis - Meiou Setsuna

10 de abr. de 2011

Reflexões de um Liquidificador

Postado por Fernando Assis às 11:08 1 comentários

Pessoal, ontem fui no cine com meus amigos, ver Reflexões de um Liquidificador, era de graça pois era um projeto do SESC dos melhores filmes,enfim...muito bom, eu recomendo e digo mais...o final é surpreendente!hehe...quem assistiu pode vir moer aqui...afinal,como diz o Liquidificador...
''Pensar é moer...moer é pensar!''
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=2nmYYL4PBhw

Para entender e para amar...

Postado por Fernando Assis às 11:01 0 comentários

Para nos entendermos, devemos ter similaridades, mas para nos amarmos, devemos ter nossas diferenças -- Zuraduri - Boys Love 2

23 de fev. de 2011

Eu não quero voltar sozinho

Postado por Fernando Assis às 11:22 1 comentários

Vale muito a pena assistir esse vídeo :)

LINK - http://www.youtube.com/watch?v=1Wav5KjBHbI

6 de fev. de 2011

Moulin Rouge

Postado por Fernando Assis às 21:09 1 comentários

"A coisa mais importante que você aprenderá é simplesmente amar e ser amado...amor é como oxigênio...o amor nos eleva..." -- são frases desse filme maravilhoso que eu venho recomendar para todos que desejam sentir o poder do amor :)

27 de jan. de 2011

Mafalda :)

Postado por Fernando Assis às 17:27 1 comentários

11 de jan. de 2011

Prayers for Bobby - Orações para Bobby

Postado por Fernando Assis às 21:27 3 comentários

Recomendo esse filme repleto de reflexão e sensibilidade para todas as pessoas, é de arrepiar de tão maravilhoso, assista e venha comentar o que achou :)

6 de jan. de 2011

Casi Ángeles e a Filosofia

Postado por Fernando Assis às 13:27 4 comentários

Uma história...uma novela,criada por Cris Morena,aos olhos de muitos pode ser apenas uma novela não é mesmo?Mas está repleta de filosofia,pra quem assistiu os musicais dos Casi Ángeles também sabe bem o que estou falando...Meu amigo Léo,até me passou umas frases ditas na novela por alguns personagens,que irei compartilhar com vocês...boa reflexão!:)

- Nunca devemos esquecer 3 coisas
1º - Que você é parte fundamental desse ciclo sem fim
2º - Que somos quase anjos
3º - Que viver é resistência

- Para encontrar um novo caminho tem que se sair da rota, deixar o caminho seguro pelo qual andamos sempre, e se arriscar pelo novo, o novo caminho que vem pela frente. Um caminho novo tem sobretudo medos, duvidas e perguntas, um caminho novo só nos diz que nos levará a algum lugar, melhor ou pior isso não sabemos. Um caminho novo pode te levar até um tesouro ou até um abismo nunca se sabe, te atrai o tesouro e sente medo do abismo, mas mesmo assim se anima a se arriscar?
Você acredita que chega a novos caminhos, mas na realidade são os novos caminhos que chegam até você. Se você quiser que aconteça algo diferente precisa fazer algo diferente, se quiser chegar a um lugar novo, precisa tomar um caminho novo. Avançar sem saber onde chegaremos, isso é o que assusta e atrai nos novos caminhos.

- Dizem que um desejo não morre, insiste, insiste até virar realidade. Um desejo que não se realiza nos torna sagazes, obcecados. Mas algo que deixamos de lado, algo que ignoramos por negligência, covardia, se transforma em assinatura pendente.
Uma assinatura pendente é algo mais do que um desejo insatisfeito, é algo que te prende ao passado, é um ciclo que não pode se fechar.
Uma assinatura pendente é uma volta ao passado, para poder avançar para o futuro. Nunca vamos atrás de uma assinatura pendente, é ela que nos persegue. É uma assinatura pendente que te impede em um momento e não te deixa avançar.
 

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