Com o passar dos tempos e o avanço
das tecnologias, presenciamos o surgimento de novos problemas. Como vorazes
predadores, depressões, estresses e desânimos inexplicáveis nos vigiam das
sombras, esperando o momento certo de vulnerabilidade para atacar. Entretanto,
não estou aqui para falar destes males do novo mundo. Gostaria de comentar
sobre algo que, simplesmente, “percebi”. Não posso classificá-lo como um
assunto inédito, muito menos que esta pessoa que vos escreve é o seu
descobridor e, como mérito, desejar meu nome para o batismo da “coisa” – assim
como ocorrem com as estrelas, espécies novas de animais e até pratos
culinários.
As cidades grandes acolhem milhares
ou milhões de pessoas. Todos os dias, fatalmente, nos deparamos com pessoas
estranhas: na rua, no ônibus, no trabalho ou na faculdade. Tantas almas passam
por nós e, estando tão acostumados com isso, sequer olhamos para os rostos
daqueles que nos rodeiam. Questão de segurança? Medo? Dizem que os tempos
mudam, mas isso é uma grande mentira. As pessoas mudam enquanto o mundo
permanece o mesmo.
Aqueles com idade mais avançada são a
prova viva disso. Lembro-me perfeitamente que, quando mais novo, as senhoras e
os senhores de idade me cumprimentavam na rua ou dentro do transporte público.
“Bom dia!”, “Boa tarde, como está frio, não acha?” e “Nossa, será que vai
chover hoje” era o que costumava ouvir, não apenas dos mais velhos.
É estranho estar na parada do ônibus ou na fila do caixa de supermercado, rodeado de pessoas e não ouvir algum tipo de interação. Lotações são o exemplo ideal para refletirem sobre a veracidade de meus argumentos. Pessoas sentadas e em pé. Tirando o barulho do motor, temos o Silêncio entre as pessoas desconhecidas. Talvez estejamos construindo um muro para nos isolar dos outros. Estamos provavelmente mais confortados com a distância dos celulares e redes sociais do que com o contato vivo.
É estranho estar na parada do ônibus ou na fila do caixa de supermercado, rodeado de pessoas e não ouvir algum tipo de interação. Lotações são o exemplo ideal para refletirem sobre a veracidade de meus argumentos. Pessoas sentadas e em pé. Tirando o barulho do motor, temos o Silêncio entre as pessoas desconhecidas. Talvez estejamos construindo um muro para nos isolar dos outros. Estamos provavelmente mais confortados com a distância dos celulares e redes sociais do que com o contato vivo.
Escrito por: Filipe Klimick
3 comentários on "Solidão Urbana"
É uma triste realidade, eu mesmo continuo cumprimentado as pessoas na rua, com aquele simples balançar de cabeça ou um " e ai beleza?", mas tudo de uma forma tão forçada e artificial...realmente estamos criando um muro ao nosso redor e nos "conectando" com os outros pelo wifi.
Seus textos são muito bons, acho que devia colocar um botão pra gente compartilhar no Facebook, parabéns!
Muito obrigado :)
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